MALA #134
Chegou a sua edição semanal da MALA!
Esta newsletter é escrita, editada e curada por mim, com um pouco de tudo o que eu gosto e consumo. Música, cinema, séries de tv, literatura, cultura geek e afins.
Se você chegou aqui agora (e foram muitos da semana passada pra cá), espero que goste.
O Oscar veio, foi embora, deixou marcas (será) e agora é hora de a gente pensar em como será nossas vidas pós-temporada de premiações. A minha fica bem menos movimentada, e a sua? Aliás, te convido para ver o video react que eu, Carol Braga e Paulo Azevedo fizemos, no último domingo, durante a cerimônia.
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E espalhe a palavra...
Rodrigo James
IMAGEM DA SEMANA
Ray Charles, Steve Cropper, Dan Aykroyd, John Belushi e o diretor John Landis em um dos intervalos das filmagens do clássico “Os Irmãos Cara de Pau”.
A SEMANA NO MUNDO DA CULTURA POP
Saiu o trailer do live action de “A Pequena Sereia”:
“Tudo Em Todo o Lugar Ao Mesmo Tempo” foi o grande vencedor do Oscar 2023, com sete estatuetas. Desde “Quem Quer Ser Um Milionário”, em 2008, que um filme não ganhava tantos Oscars. “Nada de Novo no Front” foi o vice-campeão com quatro e “A Baleia” saiu da cerimônia com dois nas mãos. Aqui a lista completa dos vencedores.
A cerimônia foi segura, convencional e antiquada, de acordo com esta análise. (que eu concordo).
A audiência aumentou em quase 13% em relação ao ano passado.
A representatividade asiática saltou aos olhos nesta edição, encabeçada pelos Oscars de Michelle Yeoh e Ke Huy Quan.
Lady Gaga conseguiu, mais uma vez, ser uma das artistas mais comentadas da noite do Oscar, graças à sua performance intimista, bem diferente do que estamos acostumados, de “Hold My Hand”, música indicada ao prêmio, presente em “Top Gun: Maverick”. Mais sobre isso aqui.
Um detalhe da cerimônia chamou a atenção de muita gente durante a transmissão: a ausência de algumas pessoas importantes para a indústria, como Anne Heche, no quadro “In Memorian”.
E um segmento em especial, o de homenagem aos 100 anos da Warner, não foi exibido aqui no Brasil. Foi um segmento pago pela Warner.
Muita gente estranhou o tapete vermelho não ser vermelho este ano. Tem um motivo.
E como foi o monólogo de Jimmy Kimmel? (eu gostei)
Aliás, o Oscar abraçou a acessibilidade com intérpretes de libras.
Aqui tem uma série de detalhes sobre os bastidores da cerimônia, incluindo piadas que Jimmy Kimmel não fez.
A Netflix venceu a batalha com as rivais de streaming e ficou com seis Oscars, mas a grande vencedora da noite foi mesmo a A24.
Aliás, Michelle Yeoh e Ke Huy Quan estão reunidos novamente no trailer de “American Born Chinese”, que estréia em maio no Disney+:
Aqui tem 10 potenciais indicados para o Oscar de 2024. Mas já??
Guillermo del Toro planeja uma nova versão de “Frankenstein”, com Andrew Garfield, Mia Goth e Oscar Isaac.
O ranking que você esperava: os filmes de David Cronenberg.
Quentin Tarantino disse que terminou o roteiro daquele que pode ser seu último filme. E será sobre uma crítica de cinema em Los Angeles e pode ser baseado na vida de Pauline Kael.
Saiu o trailer de “Blackberry”, cujo título é auto-explicativo:
Um projeto de uma comédia romântica de Nancy Meyers foi engavetado pela Netflix depois que o orçamento não chegou aos 150 milhões pedidos por ela. E olha que a Netflix chegou a 130 milhões.
Freddie Prinze Jr deu uma entrevista recentemente e chamou o diretor de “Eu Sei o Que Você Fez no Verão Passado” de “um cuzão”.
Sim, James Gunn confirmou que vai dirigir o novo “Superman: Legacy”.
Chegou o teaser da segunda temporada de “O Urso”:
Acabou “The Last of Us”? Mais ou menos.
Aliás, Craig Mazin confirmou que o game “The Last of Us - parte 2” será dividido em duas temporadas na série de tv.
Já a série “Willow” foi cancelada depois de uma temporada apenas.
Vem aí um spinoff de “Doctor Who”.
“Monk” vai voltar em um especial no Peacock.
Para quem ainda se interessa por “The Handmaid's Tale” (conheço muita gente que desistiu), aqui tem um texto sobre os possíveis rumos da sexta temporada, com muitos spoilers.
O filme “Gattaca”, com Ethan Hawke e Uma Thurman vai ganhar uma continuação em formato de série, pelos mesmos criadores de “Homeland”.
Um juiz federal rejeitou um processo de difamação movido por um policial aposentado que argumentou que a série da Netflix “Making a Murderer” o acusou falsamente de plantar evidências.
E saiu também o teaser da terceira temporada de “Only Murders in the Building”, com direito a Meryl Streep nele:
The Weeknd faturou grande na noite de abertura do Juno Awards.
Tá zicado esse Lollapalooza Brasil. Willow também não vem. Baco Exu do Blues entrou em seu lugar.
A ida a alguns shows do Coldplay no Brasil, em especial em São Paulo, se tornou um tormento em função das chuvas e do alagamento.
Robert Smith foi às redes sociais para falar da questão da venda de ingressos para a turnê do The Cure nos Estados Unidos, via Ticketmaster.
Kevin Parker já fez um show com o Tame Impala depois de ter fraturado o quadril. Foi no México.
Saiu o trailer de “El Amor Después del Amor”, série que vai recontar, na Netflix, a história de Fito Páez:
Venda de catálogo cancelada da semana: Pink Floyd.
Festivais que eu iria se fosse rico: Sky Blue Sky, do Wilco, no México.
Outro festival de tiozinho que eu iria: o Outlaw Music Fest, com Willie Nelson, Avett Brothers, Robert Plant & Alison Krauss e mais.
E o boygenius que fez um show na área de entrega de bagagens do aeroporto de Austin, durante o SXSW?
Eric Clapton, Johnny Depp, Rod Stewart, Billy Gibbons, Doyle Bramhall, Gary Clark Jr., Imelda May, John McLaughlin, Robert Randolph, Olivia Safe, Joss Stone, Susan Tedeschi e Derek Trucks estão no lineup dos concertos-tributo a Jeff Beck, que vão rolar em Londres em maio.
Brooke Shields é mais uma que disse que sofreu abuso sexual por um executivo de Hollywood nos anos 1990.
O Metallica comprou uma das mais antigas fábricas de vinil dos Estados Unidos.
Aliás, falando neles, Lars Ulrich disse que as críticas ao disco “Lulu”, que eles lançaram com Lou Reed em 2011, foram feitas por ignorantes e que o disco envelheceu bem.
E o Slash que fundou uma produtora de filmes de terror?
E esse trailer maravilhoso da versão remasterizada de “Stop Making Sense”, que estréia em cinemas este ano?
MERCADO, ETC..
No SXSW 2023, uma interessante discussão: quantas assinaturas de streaming o seu salário aguenta?
A revista Playboy está voltando como uma ramificação de sua plataforma de criadores tipo OnlyFans.
A Warner Bros Discovery fixou a data para o lançamento de sua nova plataforma de streaming.
CANCELADOS
JK Rowling disse que os comentários feitos por ela sobre pessoas trans foram saudades por muitos fãs de Harry Potter.
PARA ASSISTIR NO STREAMING
O Mundo por Philomena Cunk
Criação: Diane Morgan, Charlie Brooker
Elenco: Diane Morgan
Um dos sub-gêneros do audiovisual que mais me agrada é o mockumentário. Para quem não conhece, trata-se de uma série ou filme de ficção que parece real. Ou um documentário fictício, em outras palavras. Um dos primeiros que me lembro ter assistido (e que voltou à tona recentemente em função do sucesso da série “Daisy Jones & the Six”, que eu falei aqui na semana passada) é “This is Spinal Tap”, que mostrava o cotidiano de uma banda de rock que não existia (mas acabou existindo depois).
Por isso mesmo fui com bastante vontade até essa série “O Mundo Por Philomena Cunk” e não me decepcionei. A série, que pode tranquilamente ser confundida com um documentário pelos mais desavisados traz a personagem título, interpretada pela comediante britânica Diane Morgan, percorrendo o mundo e contando, da sua maneira, a história do mundo. Ou passagens dela, já que são apenas cinco episódios.
O que torna “O Mundo por Philomena Cunk” (série criada pela própria Morgan em parceria com Charlie Brooker, de “Black Mirror”) instigante e divertida é a série de entrevistas que ela faz com professores, estudiosos, filósofos e demais intelectuais sobre assuntos diversos, como a Roma Antiga ou a vida de Jesus Cristo, como se fosse algo sério. A cara dos especialistas quando ela faz algumas perguntas esdrúxulas (que eu não vou listar aqui para não estragar o prazer de vocês) é impagável e a história contada por Cunk/Morgan, no final das contas, é uma viagem mucho loca pela humanidade. Loca e divertidíssima.
Talvez você esteja encontrando um paralelo no Brasil enquanto lê este texto. Sim, é igualzinho ao quadro “Entrevista com o Especialista” do talk show de Tatá Werneck na Globo. Quem copiou quem? Não importa. Enquanto Werneck e Morgan estiverem nos divertido, tá tudo certo.
ONDE: Netflix
COTAÇÃO: ****
ESTRÉIAS DA SEMANA
Swarm - estréia no Prime Video nesta sexta:
O Maestro e o Mar - estréia nesta sexta na Netflix:
Pornhub: Sexo Bilionário - estreou nesta quarta na Netflix
PLAYLIST “2023 NA MÚSICA”
O ano já tá bombando, minha gente! E a playlist também!
Lembre-se: ela vai crescendo todos os dias.
ONDE ME ENCONTRAR?
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Coluna “Episódio de Hoje”, na Rádio CDL-FM, de segunda a sexta às 6h20, 10h40, 15h30 e 22h.
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NESTA SEXTA….
Vou falar sobre filmes e séries que misturam os limites entre real e ficção.
Ao vivo, na Rádio 98FM, a partir das 15h. Sintoniza lá!
QUER ANUNCIAR NA “MALA”?
Me manda um email para podermos conversar. Tenho projetinhos novos saindo do forno, relacionados a isso aqui.
DICA DE NEWSLETTER DA SEMANA
Só podia ser a do chapa Pablo Villaça, crítico de cinema que conheço desde o início do século, e que começou na semana passada a escrever ótimos textos sobre vários aspectos desta arte aqui mesmo na Substack. Sigam: