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Rodrigo James
IMAGEM DA SEMANA
Ah, a tecnologia…
Aqui temos Andy Warhol usando um computador Amiga para processar uma foto de Debbie Harry, deixando-a com a cara de suas obras. E, claro, mostrando para a fotografada.
A SEMANA DA CULTURA POP
Começamos com o trailer de “Meu Malvado Favorito 4”? Eu já disse que adoro essa franquia?
Ainda repercutem as indicações para o Oscar. Aqui tem uma lista das maiores esnobadas da história, na categoria de Melhor Direção.
Aliás, eu falei mais um pouco sobre isso na Rádio 98FM na semana passada. Clica aí pra assistir e fortalecer:
“O Menino e a Garça”, longa de Hayao Miyazaki, indicado ao Oscar de Melhor Animação, está indo muito bem nas bilheterias, obrigado.
Essa história contada pela Florence Pugh sobre como a câmera quebrou durante a filmagem de uma cena de sexo entre ela e Cillian Murphy em “Oppenheimer” é divertidíssima.
Milly Alcock, de “A Casa do Dragão”, foi a escolhida para viver a Supergirl na nova fase da DC.
Paul Mescal e Jessie Buckley estarão no novo filme de Chloe Zhao.
Quais são os 10 melhores westerns de Clint Eastwood?
E quais foram os melhores filmes do Festival de Sundance deste ano?
Chris Rock vai dirigir uma versão norte-americana do filme “Druk”, que ganhou o Oscar de Melhor Filme Internacional em 2021. Leonardo Di Caprio será o protagonista.
“Kiss The Future” é o nome do documentário produzido por Matt Damon e Ben Affleck, que mostra como a música do U2 inspirou a produção artística de Sarajevo. Vai estrear exclusivamente nos cinemas ainda neste mês.
Aqui o trailer do novo Guy Ritchie, com Henry Cavill matando nazistas. Estréia em abril nos cinemas:
Ayo Edebiri, uma das atrizes do momento, saiu do elenco de “Thunderbolts”, da Marvel.
Matthew Vaughn, que ririgiu Henry Cavill em “Argylle” (leia mais lá embaixo sobre ele) quer Cavill em mais um filme de super-herói, longe do Superman.
60 anos de “Dr. Fantástico”. Ainda é a melhor sátira da história do cinema?
O documentário “I Am: Celine Dion” foi comprado pelo Prime Video. Ainda sem data de estréia.
“Ted Lasso” foi a série original mais assistida nos streamings dos Estados Unidos em 2023.
A Netflix liberou o seu tradicional trailer com um apanhado de suas produções originais que vão estrear este ano:
Kim Kardashian vai produzir e aparecer em uma série documental sobre Elizabeth Taylor. Kardashian foi a última pessoa a entrevistar a lenda.
Oficial: a segunda temporada de ”Ruptura” voltou a ser filmada.
Uma das boas séries de ação de 2023 - “Hijack” - foi renovada para uma segunda temporada pela Apple TV+.
A HBO vai fazer mais uma minissérie escrita por Gillian Flynn (“Garota Exemplar”, “Sharp Objects”).
Uma ótima matéria sobre “Big Shark”, o novo Tommy Wiseau (de “The Room”) e o culto que está se formando em torno deste filme. Aliás, vale (re)ver o trailer dele:
A cinebiografia de Pharrell vai ser feita com Lego.
Já Colman Domingo vai interpretar Nat King Cole em uma nova cinebiografia.
Três canções inéditas de Lady Gaga - da época em que ela assinava Stefani Germanotta - estão circulando por aí.
E a Britney que agora pediu desculpas por algumas coisas ditas em seu livro de memórias e ainda disse que adorou o single novo de Justin Timberlake?
Vem aí disco novo do Pet Shop Boys. “Nonethless” já está em pré-venda e a banda anunciou o lançamento com este single aqui.
Já o Daft Punk confirmou que existe um disco da dupla inédito.
PAREM AS MÁQUINAS! Teremos Joni Mitchell ao vivo no Grammy neste domingo!
Aliás, aqui tem as previsões finais para o Grammy.
Falando em Grammy e em Daft Punk, vale a pena ler esta matéria sobre a festa que a dupla promoveu depois da cerimônia de 2014 (aquela em que eles se apresentaram com Pharrell, Stevie Wonder e Nile Rodgers). Tipo todo mundo estava lá.
O U2, que também estará no Grammy ao vivo, em uma performance transmitida direto da Sphere, tocou “Don't Dream It's Over” do Crowded House, neste final de semana na casa de shows de Las Vegas:
Falando em Sphere, já tem mais atração confirmada para a nova casa de shows.
E falando em novas casas de show, Adele anunciou uma série de shows em Munique, em um novo espaço criado especialmente para estas apresentações.
Tem uma onda de cancelamentos e adiamentos de festivais no Reino Unido rolando.
O último livro do baterista do Rush, Neil Peart, sobre carros esportivos vintage, vai ser lançado este ano.
O lançamento da nova música de Billy Joel esta semana pôs fim a um dos maiores jejuns da música pop. Agora, quem são os artistas que estão a mais tempo sem lançar nada inédito?
O DJ Tiesto vai se apresentar no Superbowl deste ano, com sets especiais nos intervalos do jogo, para quem estiver por lá.
Aqui tem a versão de Kacey Musgraves para “Three Little Birds”, de Bob Marley, que está na trilha sonora do filme “Bob Marley: One Love”:
A incansável Lana del Rey anunciou mais um álbum. “Lasso” sai em setembro e terá inspiração country.
Outra que anunciou álbum foi ninguém menos que Beth Gibbons, a voz do Portishead. E será o seu primeiro trabalho solo.
O Coachella e a Live Nation tentaram reunir o Talking Heads para séries de shows. A banda não topou.
A BMG encerrou o contrato que tinha que Roger Waters, por causa das opiniões dele sobre Israel e Ucrânia.
100 músicas? É o que Justin Timberlake disse que escreveu para seu novo disco.
Este é mesmo o ano do desapontamento com os headliners de festivais?
Adivinha o que aconteceu com a turnê de Morrissey no Brasil, de novo?
Do TikTok para o cinema: Khaby Lane vai estrelar a comédia de espionagem “00Khaby”.
MERCADO, ETC
A procura por Taylor Swift na rede social X foi temporariamente desabilitada depois que muitos deepfakes da cantora em poses explícitas apareceram na semana passada. Mas já voltou.
A Universal Music fez uma carta aberta aos artistas soltando os cachorros pra cima do TikTok. A plataforma respondeu e a treta se formou.
Ainda TikTok: a empresa planeja abrir estudios em Los Angeles para lives focadas em vendas, que são a nova menina dos olhos da plataforma.
E qual terá sido a treta que retirou mas já colocou novamente várias músicas de vários álbuns de gente como Djavan e Gal Costa do Spotify?
Poderia Taylor Swift influenciar até mesmo as eleições norte-americanas?
PARA VER NO CINEMA
Pobres Criaturas
Direção: Yorgos Lanthimos
Elenco: Emma Stone, Willem Dafoe, Mark Ruffalo
Em primeiro lugar, é bom que se diga: o titular desta newsletter é “fanboy" de Yorgos Lanthimos.
“Dente Canino”, “O Sacrifício do Cervo Sagrado”, “O Lagosta” e "A Favorita” nos apresentaram a um cineasta que apela para o estranho, o fora da casinha e para personagens que não se ajeitam ao mundo em que vivem, para contar histórias às vezes universais, mas viradas pelo avesso.
Em “Pobres Criaturas”, seu provável melhor filme, Lanthimos não foge a seus princípios mas nos entrega um algo a mais: uma fábula que mistura uma história de envelhecimento com o desabrochar feminino, sem nunca esquecer o peso que é ser uma mulher no mundo moderno. Tudo isso com um visual criativo e deslumbrante, que nos remete às origens do cinema (alguém falou em Meliés?) e ao lado artesanal de se filmar, para muitos perdido para sempre.
Emma Stone - em seu melhor papel no cinema - é Bella Baxter, a protagonista desta fábula (descrita como uma espécie de Frankenstein sob o efeito de alucinógenos), que se desenvencilha de seu mestre (Willem Dafoe) e sai para o mundo no intuito de descobri-lo. Em seu caminho, estão desde um assistente de seu mestre (Ramy Youssef), que se apaixona por ela; até um advogado aventureiro (Mark Ruffalo, se desvencilhando de vez do papel de Bruce Banner/Hulk), que topa a empreitada de apresentar a Bella um determinado mundo, dominado por homens, que ela rapidamente consegue se desvencilhar e dominar.
“Pobres Criaturas” é um daqueles filmes inesquecíveis, em que nada está fora do lugar. Nem mesmo as cenas de sexo, que as novas gerações teimam por querer que elas desapareçam do cinema, são dispensáveis. Pelo contrário, elas são fundamentais para que entendamos as motivações de Bella e como sua mente e seus sentimentos trabalham e se encaixam.
Detalhar algo mais além disso é estragar a surpresa que é esta obra-prima de Yorgos Lanthimos. Dizem por aí que a arte existe para subverter e para ir além das amarras. “Pobres Criaturas” é um filme que rema nesta direção e talvez seja o mais transgressor de toda esta temporada de premiações.
COTAÇÃO: ****1/2
ONDE: nos cinemas de todo o Brasil
Argylle
Direção: Matthew Vaughn
Elenco: Bryce Dallas Howard, Sam Rockwell, Henry Cavill, Dua Lipa, Bryan Cranston e grande elenco
A indústria cinematográfica é pior que brasileiro: não desiste nunca, mesmo!
A mais recente tentativa de se criar uma franquia e faturar com ela é este “Argylle”, dirigido por Matthew Vaughn, que já nos deu o ótimo “Kick-Ass” e a trilogia Kingsman. Aliás, a inspiração para o clima de “Argylle" é exatamente esta: Kingsman, James Bond, Missão Impossível. Não coincidentemente todos eles são séries/franquias.
O ponto de partida deste filme é a escritora Elly Conway (Bryce Dallas Howard), que criou uma série de livros protagonizados pelo agente secreto Argylle (Henry Cavill). E aí, algumas circunstâncias a levam para ir além da ficção, se envolvendo em uma trama de espionagem internacional, a partir de um encontro casual com um homem que se diz espião (Sam Rockwell).
O resto dá pra prever: cenas de ação, reviravoltas, um roteiro que às vezes mais confunde do que entrega, e uma sensação de déja vu. Todas as sequências, apesar de bem feitas, parecem ser sobras das franquias descritas acima e em um determinado momento específico eu tive certeza de que era uma sequência cortada do último “Missão Impossível”. Não era.
Apesar disso tudo, não dá pra dizer que “Argylle" não entretém. Durante as 2h19 de projeção (pra que isso tudo, meu Deus??) até que dá pra tirar algumas risadas do canto da boca e curtir as muitas cenas de ação. Talvez eu esteja sendo exigente demais e o objetivo do filme seja só este. Mas é muito pouco pra uma franquia.
P.S.: Dua Lipa, eu te imploro: continue SÓ cantando, ok?
COTAÇÃO: **1/2
ONDE: nos cinemas de todo o Brasil
ESTRÉIAS DA SEMANA
NASCAR: Velocidade Máxima - estreou esta semana na Netflix:
Sr. e Sra. Smith - estréia hoje no Prime Video:
DISCO DA SEMANA
Talvez, em algum momento do futuro, poderemos dizer que o Radiohead era a antiga banda de dois integrantes do The Smile.
Sim, porque o tal projeto paralelo de Thom Yorke e Jonny Greenwood com o baterista Tom Skinner, além de ser uma espécie de continuação lógica do que a dupla vinha fazendo no Radiohead, em especial no disco “A Moon Shaped Pill”, está ganhando ares de consistência que outros projetos paralelos não encontram.
Se um dia a dupla vai se reunir com seus antigos companheiros e levarem o Radiohead adiante, não sabemos. Por ora, vale curtir o ótimo segundo disco do The Smile, Wall of Eyes”, que desde que chegou nas plataformas na última sexta-feira, não sai dos meus alto-falantes ou fones de ouvido.
Vale muito também assistir ao clipe de “Friend of a Friend”, dirigido por Paul Thomas Anderson:
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